A importância da Higiene Oral
A tarefa de cuidar da higiene oral é bem especial. Existe uma relação entre os cuidados com a boca e a prevenção de complicações na cavidade oral.
A falta de higiene cria um ambiente propício para a proliferação de bactérias, sendo assim atuando como ambiente reservatório para a colonização das bactérias respiratórias.
Essas infecções de origem bucal, são responsáveis por graves complicações que podem atingir o organismo ( qualquer corpo constituído por órgãos). Micro-organismos ( que podem ser vistos somente por microscópio) presentes podem ser liberados para as secreções salivares estas serem aspiradas se alojando no pulmão, causando uma pneumonia.
Higiene Oral e Disfagia
A boa higiene oral é de muita importância para que se possa detectar resíduos alimentares na boca ou qualquer outra anomalia ( anormalidade) evitando uma das doenças chamada de disfagia.
Disfagia
É uma doença caracterizada pela dificuldade de engolir. É um problema comum, podendo estar presente em diversas doenças. Presente principalmente em pessoas idosas ou em pacientes com pneumonia, por exemplo.
Quando uma pessoa ingere um alimento sendo líquido ou sólido e esse vai para uma via errada esse processo é chamado de broncoaspiração. Esses alimentos podem chegar até os pulmões podendo causar a pneumonia.
Hoje a disfagia é considerada uma síndrome geriátrica.
IMPORTANTE: Todo idoso perde músculo, inclusive em orofaringe.
Orofaringe: comunica com a boca através do istmo da garganta, é um pequeno espaço da cavidade bucal compreendida entre a raiz da língua, o palato mole e a epiglote.
Processo de deglutição
Separado em três fases:
- Fase oral de deglutição
- Fase faríngea da deglutição
- Fase esofagiana da deglutição
Fase Oral ( Processo voluntário)
Dentro da boca, os alimentos são triturados pelos dentes, umedecidos pela saliva e misturados pela língua, formando o bolo alimentar.
Esse processo é feito com contração voluntária dos músculos do rosto e da cavidade oral.
Os alimentos são engolidos: a língua empurra os alimentos, que passam pela faringe e caem no esôfago.
O esôfago conduz os alimentos para o estômago, através de contrações, chamadas de movimentos peristálticos (movimentos involuntários realizados pelos órgãos do tubo digestivo).
Fase Faríngea ( Processo involuntário)
A fase faríngea começa pela estimulação dos receptores córtex na orofaringe pelo bolo alimentar.
O reflexo da deglutição inicial está sob o controle neuro-muscular involuntário ( forçado, obrigado). As seguintes ações ocorrem para assegurar a passagem de comida ou bebida para o esôfago.
A língua bloqueia a cavidade oral para evitar que a comida retorne para a boca.
O palato mole bloqueia a entrada para a cavidade nasal. As pregas vocais se fecham para proteger as vias aéreas.
A laringe é puxada para cima e ocorre a inclinação da epiglote, fechando a entrada da traquéia.
Essa é a etapa mais importante, pois a passagem de alimentos para os pulmões podem ser potencialmete fatal.
A farínge é uma via comum para o ar que respiramos. É impossível respirar e engolir ao mesmo tempo.
Fase Esofágica
É a última fase da deglutição, consiste em fazer a passagem do alimento para o esôfago.
O bolo alimentar é impulsionado para o esôfago pelos movimentos peristálticos, que são ondas de contração muscular que empurram o bolo alimentar para frente.
A laringe se move para baixo retornando a posição inicial.
Sinais da disfagia
- Desidratação
- Pneumonia ( devido a broncoaspiração)
- Perda de músculo principalmente em idosos, inclusive em orofaringe
- Fibra muscular tipo II ( fibra de contração rápida)
- Aspiração ( Devido ao alimento ir para o pulmão)
- Desnutrição
- Aumento de mortalidade
- Queda
- Piora da qualidade de vida
Sintomas da disfagia
- Demora para se alimentar
- Perda de alimentos pela boca ou nariz
- Presença de voz molhada
- Perda de peso aparente
- Queda da saturação de oxigênio
O quê fazer para evitar a disfagia?
- Proporcionar uma boa qualidade na realização da higiene oral
- Uso de espessantes, consistência ( nutricionistas definiram a melhor maneira de alimentar a pessoa que sofre de disfagia)
- Prevenir desnutrição
- Doses maiores de proteína é mais seguro para o envelhecimento saudável
A disfagia pode estar presente também em pessoas com acidente vascular cerebral, parkinson, demências. Não é um fator predominante, pois depende da evolução da doença. Qualquer pessoa pode ter disfagia.
Quando existe a perda de peso é importante também a avaliação de um fonodiólogo.
As demências possuem três estágios:
- Leve
- Moderada
- Avançada ( O paciente tem dificuldade de verbalizar, geralmente é acamado e dependente)
Observação:
- A CANJA DE GALINHA NO IDOSO DIFICULTA PARA ENGOLIR. ( ARROZ, GALINHA TEM QUE SER MASTIGADOS E O LÍQUIDO DA CANJA CORRE ANTES DA DEGLUTIÇÃO DO ARROZ E A GALINHA)
Curiosidade:
Houve relatos de pacientes de cirúrgia pós-bariátrica( cirurgia da obesidade ou da redução de estômago) com disfagia.
Segundo especialistas isso pode ocorrer por vários sintomas esses quais cito alguns abaixo:
- Há perda de peso
- Altera o paladar
- Mudança no sensorial (sensação)
- Sintoma da passagem do alimento
- E pode ser também um fator psicológico
Como fazer uma boa higiene oral em pessoas acamadas ?
Material ultilizado:
- Anti-séptico bucal ou clorexedina ( colocar em um copo descartável o produto)
- Boneca ( feita de gaze e abaixador de língua)
- Gaze
Vídeo Explicativo:
Fonte youtube: Sintonia e saúde
Logo abaixo o link de como fazer a boneca
A disfagia é uma doença presente em várias doenças dependendo do grau. Qualquer pessoa pode ter disfagia, mas devemos ter uma observação maior em idosos para detectar a doença. A importância de uma equipe médica é essencial para o acompanhamento do paciente. Fonodiólogo, nutricionista, médico geriátrico, equipe de enfermagem, o familiar do paciente, a pessoa que cuida do paciente, são todos muito importantes para a observação de qualquer fator que possa levar a disfagia.
Deixo dois links de fonte de pesquisa para um complemento da leitura:
http://www.minutosaudável.com.br
http://www.biortra.com.br
Observação: Valor da Higiene Oral na tabela de honorário no Rio Grande do Sul é de R$ 7,63 o procedimento com ou sem prótese.
Consulte um especialista em seu Estado, lembrando sempre de pedir sua credencial antes da realização do procedimento ao contratar.
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